Jovens ficaram mais pobres na pandemia. O que podemos fazer para melhorar?

Como já conversamos nas últimas semanas por aqui, os jovens são as pessoas que mais sofrem com o desemprego no Brasil. Os números são preocupantes e exigem que olhemos para esta população com mais atenção.
Dos mais de 13 milhões de desempregados, temos jovens que sequer entraram no mercado de trabalho e jovens que não conseguem se recolocar.

Para piorar a situação, pesquisa realizada entre bancos revelou que o bolso dos jovens sofreu impacto nos últimos anos. Pois é. Cerca de 46% da chamada Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) afirma que suas economias estão menores do que no período pré pandemia. Estão endividados e não conseguem guardar dinheiro.

O estudo leva a crer que o motivo deve-se ao fato da maioria dos jovens da Geração Z trabalhar no setor de serviços, um dos que mais foram impactados durante os fechamentos das atividades durante a pandemia.

E o que podemos fazer para inverter esse cenário? Como costumo abordar aqui na nossa coluna semanal, acredito fortemente que a solução vira através de políticas públicas para os jovens.

Programas de capacitação e empregabilidade para o mercado formal são testados e dão resultado mundo a fora. Por meio de parcerias com companhias interessadas, o jovem trabalhador recebe uma ajuda de custo mensal enquanto se capacita até tornar-se funcionário efetivo.

É uma situação onde todos podem sair ganhando. Governo promove a economia, a empresa ganha um funcionário interessado e o jovem se qualifica para tornar-se um funcionário efetivo.

Outra solução é, desde cedo, incentivar a educação financeira e economia doméstica nas escolas. É muito frustrante perceber que aprendemos noções básicas de planejamento, poupança, investimentos e consumo somente na vida adulta.

É preciso, mais do que nunca, introduzir novos meios de driblar as dificuldades que o mundo impõe e pensar no futuro desta e das próximas gerações.

 

Texto: Matheus Gianello

São Caetano do Sul, 17/02/2022

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